Bom dia, boa tarde ou boa noite, aqui quem vos fala é Samej Spenser trazendo mais um episódio da série Curiosidades Hipnóticas, e hoje, venho falar sobre John Elliotson, médico inglês que estaria aniversariando hoje (caso estivesse vivo). 😉
John Elliotson nasceu em 29 de outubro de 1791, na cidade de Southwark, na Inglaterra e morreu aos 76 anos, em 29 de julho de 1868, em Londres.
Elliotson foi professor dos princípios e prática da medicina na University College London e médico sênior do University College Hospital.
Foi um autor prolífico e influente, professor respeitado, sempre na “vanguarda” de sua profissão (foi um dos primeiros na Inglaterra a usar e promover o uso do estetoscópio e um dos primeiros na Grã-Bretanha a utilizar a acupuntura), era também renomado por suas habilidades de diagnóstico como clínico e suas prescrições extremamente fortes.
Em conjunto com William Collins Engledue, Elliotson foi o coeditor do The Zoist, uma influente revista britânica dedicada à promoção das teorias e práticas (além da recolha e divulgação de casos clínicos das aplicações) do magnetismo animal e da frenologia, com o intuito de “conectar e harmonizar ciência prática com as leis que regem a estrutura mental do homem”; O The Zoist foi publicado trimestralmente, sem interrupção, por mais de dez anos: de março de 1843 até janeiro de 1856.
Vale mencionar que nesta época, a hipnose era conhecida pelos termos “magnetismo animal”, “mesmerismo”; o que mudou apenas em 1842, quando James Braid, outro médico inglês, cunhou o termo “hipnotismo”.
Elliotson se interessou pela frenologia e foi o fundador e primeiro presidente da London Phrenological Society, em 1823.
Frenologia, (do Grego: φρήν, phrēn, “mente”; e λόγος, logos, “lógica” ou “estudo”) é uma teoria que reivindica ser capaz de determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo “caroços ou protuberâncias”). Desenvolvido pelo médico alemão Franz Joseph Gall por volta de 1800, e muito popular no século XIX, está agora desacreditada e classificada como uma pseudociência. A Frenologia, contudo, recebeu crédito como uma protociência por contribuir com a ciência médica com as ideias de que o cérebro é o órgão da mente e áreas específicas do cérebro estão relacionadas com determinadas funções do cérebro humano.
Seu interesse em mesmerismo havia sido despertado inicialmente pelas manifestações conduzidas por Richard Chenevixem 1829 e re-despertado pelas manifestações do Barão Du Potet em 1837.
Isso levou Elliotson a dar início a experimentos com as irmãs Okey, Elizabeth (com 17 anos de idade) e Jane (com 15 anos de idade), que foram internadas em seu hospital, em abril de 1837, para tratar a epilepsia. Elliotson logo começou a usá-las como pacientes dentro dos limites do hospital.
(No mesmo ano ele inseriu “uma grande agulha” no pescoço de Elizabeth Okey (a irmã mais velha) enquanto ela estava hipnotizada, sem que ela sentisse qualquer desconforto, mesmo ela estando ciente de que tal penetração estivesse ocorrendo. Este evento foi testemunhado por James Mouat, na época um estudante de medicina, e funcionário clínico de Elliotson.)
Elliotson foi um ferrenho defensor do estudo e pesquisas sobre o hipnotismo, deixando sempre de responder aos ataques pessoais que sofria, para incentivar seus contemporâneos à prática e realização de pesquisas, sem medo do ridículo, como em tantos casos anteriormente registrados na história da medicina.
A maioria dos ataques pessoais a Elliotson era realizada pelo médico Thomas Wakley, (apelidado por alguns de “anti-Elliotson”), a quem é creditado ainda alguns panfletos anônimos utilizados para ridicularizar e menosprezar Elliotson. Wakley também era o editor da revista médica The Lancet.
Elliotson foi aluno particular do reitor de St. Saviors e passou a estudar medicina na Universidade de Edimburgo, de 1805 a 1810 — onde foi influenciado pelo Dr. Thomas Brown — e depois no Jesus College, em Cambridge, de 1810 a 1821; de ambas as instituições, ele obteve o grau de médico e, posteriormente, em Londres, nos hospitais de St. Thomas e Guy. Em 1831, foi eleito professor dos princípios e prática física da Universidade de Londres (agora University College London), e em 1834 tornou-se médico do University College Hospital.
Com apenas 1,52 m de altura, pele escura e uma cabeça muito grande, após um acidente de carruagem em 1828, Elliotson ficou manco.
Sua aparência apresentou um forte contraste com seu “inimigo”, que tinha a pele pálida e media cerca de 1,88 m de altura. Robert Liston (1794–1847), o Professor de Cirurgia Clínica da University College, considerado um dos cirurgiões mais rápidos de todos os tempos (diz-se que, certa vez, Liston amputou uma perna, à altura do meio da coxa, em 25 segundos). Liston se opôs ferozmente à “contaminação” do hospital por Elliotson com suas demonstrações de “estados superiores” de hipnotismo (ou seja, em vez de suas aplicações “médicas”).
Apesar de suas características físicas incomuns, Elliotson foi também muito admirado como palestrante, tanto pela clareza estruturada de suas palestras quanto pela animação teatral de sua entrega. Tendo começado a lecionar na University College, suas palestras eram muito respeitadas e foram amplamente noticiadas na imprensa médica; ele publicou uma série de coleções de suas palestras ao longo dos anos. Em seu auge, foi o primeiro Presidente da Sociedade Real Cirúrgica de Medicina (em 1833), um companheiro da Royal College of Physicians e da Royal Society, também teve Elliotson um dos maiores consultórios particulares em Londres e, em seu auge, era um dos médicos preeminentes em todo o Império Britânico.
Este foi mais um episódio da série Curiosidades Hipnóticas. Grande e forte abraço, e até breve! 😉
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