Pouca gente conhece (ou se lembra) da data em que a hipnose (como a conhecemos) nasceu… ou melhor, quando ela foi “cunhada”.
:: Vinheta HP News ::
Bom dia, boa tarde ou boa noite! Aqui quem vos fala é Samej Spenser trazendo para voces mais um episódio do podcast HP News, especificamente, mais um episódio da Série Curiosidades Hipnóticas.
Historicamente falando, creditamos a James Braid (1795–1860) o nascimento da hipnose. Braid é uma figura importante na história do hipnotismo, tanto que ele é frequentemente considerado o “Pai da hipnose”. Na verdade, pode-se argumentar que a hipnose, — como a conhecemos hoje — , não existia antes de Braid. Através de suas ideias sobre a natureza do transe e cunhando a própria palavra “hipnotismo”, ele removeu a hipnose das sombras do mesmerismo.
Vale mencionar aqui duas coisas:
1. Apesar de creditarmos a Braid a utilização do termo “hipnotismo”, cabe mencionar que décadas antes, (por volta de 1820), o Barão Étienne Félix d’Henin de Cuvillers utilizou o prefixo “hypnos” em seus escritos;
O termo “hipnótico” aparece no Dicionário da Academia Francesa em 1814 e os termos “hipnotismo”, “hipnose”, entre outros, são propostos por Étienne Félix d’Henin de Cuvillers com base no prefixo “hypn” a partir de 1820.
2. Braid NUNCA utilizou o termo “hipnose”, (termo este que foi utilizado apenas 20 anos após a morte de Braid, — por volta de 1880 –, pela Escola de Nancy).
O termo original que ele cunhou foi “Neuro-hypnology” (que mais tarde foi encurtado para “Neurypnology”, [e em seguida, “hipnotismo”]), anunciando publicamente no jornal The Times, em 28 de fevereiro de 1842, a leitura pública que faria em 1 de março na Praça Hanover.
O próprio James Braid inseriu em seu livro as terminologias e/ou nomenclaturas que acreditava serem mais adequadas à sua metodologia. São elas:
É interessante manter em mente que, nesta época, Braid ainda acreditava que o hipnotismo era algo similar ao sono (daí a utilização do prefixo “hipno”, relativo ao deus grego do sono), e por se tratar de um sono “artificial”, que era provocado por estimulação nervosa (como o cansaço e/ou fixação ocular), recebeu o nome neuro-hipnotismo.
Algum tempo depois, Braid percebeu seu equívoco na nomenclatura relativa ao que foi chamado de sono nervoso, pois compreendeu as bases do que mais tarde ficou compreendido como “sugestopedia”. Ele até tentou trocar o nome de sua metodologia para “monoideísmo”, mas o nome hipnotismo já havia se popularizado tanto, que foi praticamente impossível atingir este objetivo. Tanto é que até os dias de hoje, 176 anos após a publicação daquele anúncio no The Times, utilizamos os termos hipnose, hipnotismo e seus derivados! 😉
Quero aqui manifestar minha solidariedade e meus pêsames à família do Dr. Rui Sampaio, médico psiquiatra paranaense, que faleceu no último sábado, dia 24 de fevereiro de 2018… Médico esse que era responsável pelo setor de Hipnose Forense que funcionava em Curitiba/PR, porém que atendia todo o território nacional. Um médico, um estudioso, um conhecedor da hipnose como poucos no Brasil e no mundo, e esses, tanto o Brasil quanto o Mundo perdem muito com a sua partida.
Então à família meu grande abraço, meus sinceros votos de força, e… Levemos adiante o legado que o Dr. Rui Sampaio deixou para que pudéssemos utilizar como exemplo.
Grande e forte abraço e, até o próximo transe!
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