Logotipo HP News

#014
Quatro Caminhos para o Subconsciente
1º Caminho:
Programação da Infância”

00:00 00:00

Hipnose   |   Auto-Hipnose   |   Hipnoterapia   |   PNL

  • Imagem: “Mother with frizzy hair crouches down to tell daughter a secret on old city street” | © by London Scout on Unsplash

Transcrição do Episódio

#014
Quatro Caminhos para o Subconsciente
1º Caminho:
"Programação da Infância"

Publicação 30 maio, 2018

INTRODUÇÃO

Bom dia, boa tarde ou boa noite! Eu sou Samej Spenser e você está ouvindo o podcast HP News — Hipnose ao pé do ouvido! No episódio anterior dei início a uma série de cinco episódios, sendo aquele a apresentação e introdução, e este o primeiro caminho para o subconsciente.

O conteúdo desta série é parte do livro “Hipnose Científica Moderna”, de Richard N. Shrout, publicado no Brasil em 1985 pela Editora Pensamento.

O conteúdo é parte do livro “Hipnose Científica Moderna”, de Richard N. Shrout, publicado no Brasil em 1985 pela Editora Pensamento.

Nos próximos episódios se seguirão os demais caminhos para o subconsciente, então assine o feed no seu agregador favorito e habilite o download automático para receber em primeira mão os demais episódios!

Então, bora parar de blá-blá-blá e seguir para o conteúdo!

O 1º Caminho: Programação da Infância

O primeiro modo em que o subconsciente é programado ocorre na primeira infância. As pessoas sempre perguntam se é possível hipnotizar uma criança muito nova. Frequentemente, lemos que não se pode hipnotizar criança de idade inferior a seis anos ou a qualquer número arbitrário como este. Suponho que isso é verdade, se considerarmos a hipnose apenas no sentido clássico de induções formais. Entretanto, você não precisa hipnotizar crianças muito novas, porque, na verdade, elas já estão hipnotizadas. Elas estão em “estado de transe”, uma vez que ainda não desenvolveram uma verdadeira capacidade de raciocinar indutivamente. Uma criança com idade inferior a quatro ou cinco anos não pode raciocinar indutivamente: sua capacidade de crítica ainda não se desenvolveu. Eis por que uma criança aprende por sugestão e por imitação, e somente por volta de cinco ou seis anos é que começa a raciocinar de modo indutivo.

Um ótimo exemplo desse fato é que milhões de crianças acreditam em Papai Noel. Quantos de vocês acreditaram em Papai Noel? Eu acreditei, e penso que, na verdade, quase todos nós acreditamos nele nos primeiros anos de vida. Ora, vamos analisar essa história na qual acreditamos piamente. Existe um homem que vive no Polo Norte (e se você pode acreditar nisso, obviamente não está raciocinando de forma indutiva). Esse homem passa o ano todo fabricando brinquedos e, numa certa noite do ano, leva esses brinquedos para os bons meninos e as boas meninas, e ele sabe quem é bom e quem não é pois o bom velhinho Noel não pode ser feito de bobo. Então, numa noite especial do ano, ele voa pelos céus num trenó, entra pelas chaminés e leva brinquedos para os bons meninos e para as boas meninas, em todas as cidades, e por todo o mundo, em apenas uma noite! Ora, podemos ficar sentados durante uma noite toda, esquadrinhando todas as fontes acumuladas em nossa mente e jamais chegaremos a concordar com uma história tão absurda, ilógica, maluca e sem sentido como esta — e, ainda assim, acreditamos nela! Chegamos mesmo a acreditar tão apaixonadamente nessa história que, quando qualquer outra criança mais velha nos dizia: “Papai Noel não existe!”, nós respondíamos: “Existe sim! Eu sei que ele existe”. E se alguém perguntasse como sabíamos disso, respondíamos: “Bem, eu sei porque minha mãe me disse”.

Isso resolvia a questão para nós naquela idade, e é fácil perceber o que quisemos dizer quando afirmamos que uma criança não raciocina de forma indutiva. Ela não tem a capacidade de raciocinar indutivamente; isto é algo que vem com a maturidade. Então, o problema é que, quando somos pequenos, nossos pais nos dizem muitas coisas que não são mais verdadeiras do que o Papai Noel, e é aí que chegamos à má programação que entra na mente subconsciente de uma criança.

Programação Positiva e Negativa

Então, o que quer que seja dito a uma criança, o que quer que nos tenham dito, o que quer que nos tenha acontecido naqueles cinco ou seis anos — proporciona a programação inicial do subconsciente. Se tiver sido um input positivo, então foi uma programação positiva; caso tenha sido um input negativo, recebemos então uma programação negativa. Assim, o que dissermos a uma criança ou o que nos disseram quando éramos crianças tem o mesmo efeito no subconsciente de uma criança que uma sugestão hipnótica na mente de um adulto.

Você está atento para o que as pessoas dizem às crianças? Você as ouve dizer coisas negativas às crianças em lojas, centros comerciais ou em qualquer lugar. Talvez possa lembrar-se das coisas negativas que ouviu quando criança. Você pode recordar, com remorso, as coisas negativas que disse aos seus próprios filhos ou a outras crianças. Pense nisso como se fossem sugestões hipnóticas dadas a você, agora, como adulto, e você perceberá a sua importância; sugestões negativas tais como: “Seu estúpido. Você não é capaz de aprender? Você nunca fará nada certo?”, ou, “Cale a boca! Ninguém quer ouvir você.”, ou ainda, “Tenha vergonha. Isso é sujo, indecente, obsceno e você deve se envergonhar de si mesmo!”.

Tudo isso é programado por automação na mente de uma criança inocente e indefesa que ainda não desenvolveu sua capacidade crítica. Assim, ficamos surpresos quando dez, vinte, trinta, quarenta ou cinquenta anos mais tarde temos todas as espécies de pequenas e estranhas “barreiras”.

Bloqueios Mentais

Nós gostaríamos de saber por que não conseguimos aprender certas coisas ou por que pensamos que não podemos aprender determinadas coisas, e nos autoimpomos “bloqueios mentais”. Então nos lamentamos: “Será melhor tomar aulas sobre isso, pois é muito difícil. Não sou muito bom nesse assunto”. Ora, onde obtivemos essa espécie de pensamento? Por que pensamos “Oh, literatura é fácil, matemática é difícil. Espanhol é fácil, mas russo ou chinês são difíceis”, e etc.? Se tomarmos a frase “Maria tinha um carneirinho”, a escrevermos foneticamente no alfabeto russo (ou em qualquer outra língua estrangeira que não utiliza o nosso alfabeto) e dissermos: “Atenção, classe! Vamos ter hoje uma aula de língua estrangeira”, muitos poderão pensar, “Oh, meu Deus, não sou capaz de aprender isso!”.
Por que você acha que é mais difícil aprender chinês do que espanhol? Há mais pessoas que falam chinês do que pessoas que falam espanhol, e elas não são mais inteligentes. Por que temos essas ideias? É muito importante pensar nisso, porque as pessoas estão sempre dizendo: “não sou capaz de aprender isto ou aquilo”.

Entretanto, se prestarmos atenção, veremos que o professor mais inteligente do mundo é mais inteligente do que nós porque aprendeu algo que não aprendemos, e o aprendeu com alguma outra pessoa. Além disso, a lógica nos diz que tudo o que pode ser aprendido pode ser ensinado e, se pode ser ensinado, você pode aprendê-lo. Não há dúvida sobre isso, exceto que, subconscientemente, você foi programado de forma a não poder aprender ou fazer certas coisas. (“Seu estúpido, você não consegue aprender, você não é capaz de fazer nada certo?”) Você adquiriu essa programação derrotista na mais tenra idade.

Isso também é a causa do temor bastante comum de falar em público que existe em muitas pessoas. Elas não podem sequer falar a um pequeno grupo de pessoas e expressar-se da mesma forma que elas. Por que isso? A mente adulta diz: “Espere um momento. Eu sou tão capaz quanto essas pessoas” (ou uma mente negativa deve pensar: “Elas são tão incapazes quanto eu”) mas, de qualquer maneira, você sabe que é igual a elas. Mas a sua “mente infantil” (como um eco do seu subconsciente) está dizendo: “Calma. Ninguém está a fim de escutá-lo”.

Muitas pessoas têm sentimentos de culpa que não deveriam ter. (Eu sou diferente de muitos por acreditar que há sentimentos de culpa válidos e que um grande número de pessoas deveria se sentir muito mais culpado do que se sente.) Aqueles que têm complexos de culpa são geralmente muito conscientes e compulsivos. Vejam, a culpa só é anormal quando é desproporcional ao que a causou. Por exemplo, um homem que está prestes a se atirar de uma ponte pelo fato de, em 1968, haver roubado um selo postal de um patrão e de não poder suportar a culpa, certamente necessita de ajuda! Essa é uma culpa tola e neurótica. Mas uma pessoa que se sente culpada “sem uma razão”, na verdade, tem uma razão — uma razão subconsciente — que é o resultado de algo que uma espécie de programação subconsciente lhe comunica: “Você deve se sentir envergonhada de si mesma”. Mesmo quando não se sente envergonhada, ela se sente culpada por sentir que deveria estar envergonhada de si mesma! É um círculo vicioso, uma faca de dois gumes, uma situação “desgraçada-se-você-fizer e desgraçada-se-não-fizer”. Não há escapatória dos efeitos desse tipo de programação da primeira infância.

© by @fabricadementes | Instagram

Ora, eu acabei de dar exemplos negativos, mas nem tudo é negativo. As pessoas podem dizer coisas positivas a uma criança, como, por exemplo: “Oh, você desenhou isso? Está muito bom. Você desenha muito bem”. Se isso aconteceu com você na escola maternal, você provavelmente correu para casa com seu pequeno ego engrandecido e anunciou: “Mãe, hoje minha professora disse que desenho muito bem!”. Assim, nossa programação subconsciente da infância deve ser cinquenta e um por cento positiva, pois, do contrário, nunca sobreviveríamos. Entretanto, a questão é que os primeiros cinco ou seis anos de nossa vida são cruciais, porque é nessa idade que temos a programação inicial de nossa subconsciência. Todos os psicólogos e psiquiatras concordam quanto a isso, qualquer que seja sua formação teórica: eu somente forneci a interpretação hipnológica do fato. Os primeiros anos são importantes porque é nessa época que ocorre a nossa programação inicial.

A partir dessa idade, logo desenvolvemos uma faculdade crítica, isto é, começamos a desenvolver a capacidade de raciocinar indutivamente. Em parte, isso aconteceu muito simplesmente porque as pessoas começaram a mentir para nós, a nos pregar peças e a se aproveitarem de nós; e, dessa forma, aprendemos que nem todos podem ser considerados pelo que aparentam. Assim, as crianças só amadurecem quando dizem: “Aquele menino disse isto e isto. Mas não acredito nele”.

A Capacidade Crítica

O desenvolvimento de uma faculdade crítica foi o início de nossa capacidade de raciocinar indutivamente e, a partir dessa época do nosso desenvolvimento, a mente subconsciente é programada de outros modos. Depois que adquirimos a capacidade de raciocinar tanto indutiva como dedutivamente, usamos essa faculdade crítica para analisar, para filtrar pensamentos e para aprender através das experiências de outras pessoas, bem como das nossas próprias experiências, de livros, nas bibliotecas, da história, etc. Mas como a mente subconsciente é programada após desenvolvermos essa faculdade crítica?

CONCLUSÃO

Então é isso meus amigos… No próximo episódio vou lhes apresentar o segundo caminho para o subconsciente: o trauma!

Você que já está habituado a consumir e ouvir podcasts em seu agregador, lembre-se de visitar o post deste episódio para conferir a transcrição e algumas notas que adicionei.

Lembre-se também de compartilhar o HP News com seus amigos nas redes sociais e, às sextas-feiras, utilize a hashtag #PodcastFriday, compartilhando seus episódios favoritos; desta forma, mais pessoas tomam conhecimento desses episódios e, de quebra, podcasts como o HP News chegam a mais pessoas interessadas nos mesmos assuntos que você!

Grande e forte abraço e, até o próximo transe!


CRÉDITOS

  • Apresentação | Edição | Produção:
    Samej Spenser.

  • Fonte:
    Trecho extraído do livro "Hipnose Científica Moderna", de Richard N. Shrout, Ed. Pensamento, 1985, pp. 12-16.

  • Imagem de Capa:
    “Mother with frizzy hair crouches down to tell daughter a secret on old city street” | © by London Scout on Unsplash

  • Trilha Sonora:
    "2 Hours of Celtic Music by Adrian von Ziegler - Part 1" | YouTube


Compartilhe o HP News!

Você que já está habituado a consumir e ouvir podcasts em seu agregador, lembre-se também de compartilhar o HP News com seus amigos nas redes sociais e, às sextas-feiras, utilize a hashtag #PodcastFriday e compartilhe os seus episódios favoritos; desta forma, mais pessoas tomam conhecimento desses episódios e, de quebra, podcasts como o HP News chegam a mais pessoas interessadas nos mesmos assuntos que você! 😉



Contatos e Redes Sociais

HP News


Samej Spenser


Marcos Baptista



Patrocine o HP News!

Você pode demonstrar todo seu carinho e apoiar o HP News através das plataformas Apoia.se e/ou PicPay.

Apoiando o HP News, você proporciona-nos mais e/ou melhores condições para aprimorarmos a qualidade de gravação, edição e publicação dos episódios, além de nos ajudar a subsidiar este trabalho com os custos atuais que temos para manter o HP News no ar. Tudo isso resultará em mais conteúdos, com mais e/ou maior frequência.

Para colaborar, basta visitar os sites:



Comentários

A nós é inestimável a sua opinião! Sinta-se a vontade em deixar o seu comentário com suas dúvidas, sugestões, críticas e/ou elogios. Primamos pelo respeito e cordialidade nas interações, assim, comentários vitupérios serão excluídos.