TÓPICOS
- 00:02 - Abertura
- 04:03 - Introdução
- 04:34 - 2º Caminho: O Trauma
- 11:40 - Percepção Versus Experiência
- 32:29 - Conclusão
- 32:29 - Encerramento
- Créditos
- Comentários
Hipnose | Subconsciente | Trauma
Bom dia, boa tarde ou boa noite! Eu sou Samej Spenser e você está ouvindo o podcast HP News — Hipnose ao pé do ouvido! Nos episódios anteriores dei início a série Quatro Caminhos para o Subconsciente, e hoje, trago-vos o segundo caminho: o trauma.
O conteúdo desta série é parte do livro “Hipnose Científica Moderna”, de Richard N. Shrout, publicado no Brasil em 1985 pela Editora Pensamento.
Nos próximos episódios se seguirão os demais caminhos para o subconsciente, então assine o feed no seu agregador favorito e habilite o download automático para receber em primeira mão os demais episódios!
Chega de enrolação e vamos ao que interessa! 😉
O segundo caminho para o subconsciente é através do que é chamado de “experiências traumáticas”. A palavra “traumática” significa “um ferimento ou dano, um estado desordenado resultante do cansaço emocional ou de um dano físico; um agente, força ou mecanismo que causa tal dano”. Isso tem um significado físico ou psicológico. Se você quebrar uma perna, poderá dizer que ela sofreu um grande trauma. Entretanto, aqui estamos falando de experiências psicologicamente danosas. Os psiquiatras costumam relacionar uma neurose ou um problema com um evento anterior, a que eles denominam de “experiência traumática”. Trata-se da “fratura psíquica” original onde o problema começou e onde, mais tarde, cresceu e desenvolveu-se num problema que aparece, talvez, muitos anos depois. Essas experiências traumáticas são emocionalmente danosas e pretendo explicar, de um ponto de vista hipnológico, exatamente como e porque elas programam a sua mente subconsciente...
Já expliquei o modelo gangorra da mente e o que se quer dizer por um estado de “perda de consciência”. Onde quer que você esteja sob a influência de uma forte emoção, você está (na mesma proporção) sofrendo de um pouco de “perda de consciência”. A expressão-chave para isso é “sob influência de”, pois isso é o mesmo que estar “sob influência” do álcool; sempre que você está sob influência de uma forte emoção, a sua mente está ligeiramente “fora da consciência”. Você não está inconsciente mas, decididamente, você sofre de perda de consciência. Essa emoção pode ser negativa ou positiva, não faz nenhuma diferença. Pela natureza das coisas, entretanto, o contexto emocional que antecede a maioria das experiências traumáticas é negativo. Por exemplo, se você estiver temeroso ou amedrontado (“cheio de medo”), paralisado pelo temor, etc., você sofre de “perda de consciência”. Se você estiver nervoso ou irado a ponto de não poder ver claramente ou ficar incapacitado de falar, você não estará pensando direito e estará perdendo o controle mais ainda a cada segundo — então você “perde” a consciência. Se você estiver tão triste e pesaroso a ponto de se sentir totalmente despojado, desolado e estarrecido, você sofrerá uma “perda de consciência”. Nesses estados de “perda de consciência”, o que quer que você ouça, que se lhe diga, que você leia ou qualquer ideia que espontaneamente “estale em sua mente”, tudo terá a força de uma sugestão hipnótica porque irá influenciar e programar a sua mente subconsciente.
Em qualquer ocasião que você esteja sob influência de uma forte emoção, a ponto de, se alguém subitamente lhe perguntar o seu nome, você ter de parar e pensar por um instante, obviamente estará em estado de “perda de consciência”. Sempre que não estiver no controle de sua própria mente devido à forte emoção, estará “fora da consciência” (a extremidade subconsciente da gangorra estará “em cima”) e qualquer coisa que penetre na sua mente terá, então, toda a força de uma sugestão hipnótica!
Pausa...
Particularmente, eu Samej Spenser, tenho o hábito de fazer a analogia de que o trauma, emocional, não o físico, como no caso de uma perna quebrada como o autor mencionou anteriormente, seja um sinônimo de aprendizado, pois, independente do que o tenha antecedido, nossa ação, reação e o resultado posterior ao evento traumático nos mudará de tal forma como se estivéssemos aprendido algo novo. Acontece, porém, que o termo trauma, ainda analogamente, é utilizado inicialmente de forma (e/ou) num contexto negativo. E digo inicialmente, por que dependendo de como agimos e/ou no que façamos após este evento podemos utilizá-los para obter coisas positivas.
Exemplo...
Hipoteticamente falando, vamos supor que esteja eu andando sossegadamente por uma via escura à noite, sem prestar atenção ao que acontece a minha volta, inesperadamente sou abordado por meliantes e sou assaltado, levam meus pertences, me agridem e me ofendem o tempo todo... Ora, dificilmente alguém poderá discordar que um acontecimento como este deixe de resultar em algum trauma, seja ele um mero desconforto, ou até mesmo situações de ansiedade e/ou pânico em lugar escuros ou abertos, em algum nível subconsciente trata-se de uma forma de proteção e cuidado que nossa mente nos proporciona, pois nossa mente sempre, sempre, sempre toma as melhores decisões independente de quais sejam as opções disponíveis naquele momento. Deixando de abordar as devidas providências cabíveis que se devem tomar neste tipo de situação, vamos analisa-la por outro ângulo...
Após uma autoanálise, ou ainda melhor, após acompanhamento psicoterapêutico, posso chegar a conclusão de que devo me policiar melhor, prestar atenção aos locais e trajetos que pretendo seguir e, na medida do possível, sempre fazendo o melhor que posso na ocasião, evitar passar sozinho por locais ermos, escuros e/ou perigosos.
Vocês conseguem perceber que aquela experiência traumática me proporcionou um aprendizado de proteção, de segurança, de autopreservação, mesmo que tenha sido apenas na intensidade?
Voltando...
Numa experiência traumática a experiência em si não é de fato o que importa. O importante é como você reage a ela, como você a percebe e o que ela significa para você naquele instante.
Você pode encontrar pessoas que possam ter participado de uma guerra; que talvez tenham sido prisioneiras de guerra, talvez torturadas, testemunhado tremendas atrocidades, todas elas experiências extremamente traumatizantes. Mas, quando elas voltam para casa, dizem: “Ah, como estou contente por estar de volta! Tenho sorte por ter voltado”, e estão agindo normalmente, fazendo tudo perfeitamente bem — não estão emocional ou psicologicamente afetadas. Elas passaram por todas aquelas experiências horríveis mas estas não parecem ter sido traumatizantes para elas num nível subconsciente!
Por outro lado, você descobre que as ruas estão cheias de pessoas emocionalmente mutiladas que não podem sequer trabalhar devido a pequenas coisas que, na realidade, não contam muito, mas que as afetaram tanto que retardaram seu ajustamento e desenvolvimento durante toda a sua vida adulta. Então, qual a diferença?
Você pode passar por um pátio de recreio de uma escola e encontrar uma criança esgoelando-se, fora de si, enquanto a professora e as crianças maiores tentam conter o “monstrinho” que está ficando roxo de raiva e gritando: “Larguem-me! Vou matá-lo! Vou matá-lo!”. Por que toda essa confusão? “Ele derrubou o meu pirulito. Vou matá-lo!”.
Para a criança, perder aquele pirulito é mais traumatizante do que foi para um soldado ter a perna estourada, porque só um deles está percebendo o acontecido como uma experiência ruim, uma espécie de fim do mundo. Não é a natureza do que realmente acontece que produz uma experiência traumatizante, mas a percepção disso. Eis por que as pessoas podem ficar presas numa mina de carvão ou num submarino e não necessariamente manifestar claustrofobia. Mas se você pegar uma criança pequena e a trancar num armário de cozinha, ou se você é um adolescente e, enquanto brinca, fica trancado no porta-malas de um carro, impossibilitado de sair, quando pensava ser capaz de fazê-lo, essas experiências traumatizantes podem causar claustrofobia. Se você ficar paralisado pelo medo, você fica num estado de “perda de consciência”, no qual as ideias podem penetrar na mente subconsciente e criar, mais tarde, sérios problemas. Há muitas maneiras pelas quais isso pode acontecer.
Há pessoas que estão convencidas de serem portadoras de uma doença incurável, simplesmente porque fizeram um exame médico. Enquanto estavam assim apreensivas, ficaram ligeiramente “fora de consciência” e, por acaso, ouviram um comentário, que não lhes era dirigido (e que talvez se referisse ao exame de alguma outra pessoa), o qual influenciou o seu subconsciente. Elas não estavam conscientemente seguras sequer de ter recebido essa informação, porque estavam tão apavoradas naquele instante que a impressão foi totalmente subconsciente.
Sempre que você está sob a influência de uma forte emoção (tal como durante uma experiência traumatizante) você “perde a consciência” e expõe a sua mente subconsciente à impressões fortuitas que adquirem força hipnótica. Assim, as experiências traumatizantes da vida programam o subconsciente.
Então é isso, meus amigos… no próximo episódio vou lhes apresentar o segundo caminho para o subconsciente: a autossugestão! 😉
Você que já está habituado a consumir e ouvir podcasts em seu agregador, lembre-se de visitar o post deste episódio para conferir a transcrição e algumas notas que adicionei.
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Grande e forte abraço e, até o próximo transe! 🌀
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